Essa coisa de blog é interessante, eu mal sabia o que escrever e voilà, eu tinha todo um novo tema num comentário feito sobre a minha primeira postagem. Obrigada pela inspiração Teca!!
Sabe esse negócio de ser mulher é difícil. Fiquei seriamente pensando sobre o que ela falou. Em sermos mais Mulheres, quando ela diz de uma meninice que nos afasta de estarmos realmente junto a Homens e nos aproxima dos mongos fãs de malhação. (cristo, ainda estou pasma!)
Acabei lembrando de uma outra história... espero que gostem...
Um dia mostrei esse vídeo a um amigo. Eu estava toda contente com a descoberta dessa bandinha sueca. Uma amiga havia gravado para ouvirmos em uma viagem de réveillon. Era o hit de verão para 4 mulheres ali presentes, ouvíamos, cantávamos, colocávamos para repetir, era férias e queríamos tomar sol. Já de volta da viagem, conversando pelo msn com alguém a kms de mim, fui toda faceira mostrar-lhe a nova sensação do momento. Surpresa fiquei eu quando ele respondeu rapidamente um: ai que adolescente! Adolescente?! Eu fiquei sem reação. Fui assistir ao vídeo imediatamente. Aquelas menininhas batiam os pezinhos, e cantavam felizes. Ele estava certo. O clip tinha esse clima clássico de tempo livre e descompromisso. A letra diz dessa sensação que todos nós já sentimos um dia. Quem somos e o que vamos fazer com isso quando finalmente descobrirmos... púbere é uma palavra bem adulta para definir o tema da canção, e talvez bastante forte para eu me sentir menos infante enquanto eu me exponho aqui.
Essa é uma grande questão, como me apresentar como mulher quando se está chegando de uma viagem de quase 10 dias na praia, ainda lenta por causa da insolação e depois de ter passado um bom tempo fora do país “estudando”. Eu estava formada, desempregada, bronzeada e falando espanhol. Brilhante! Aquela pergunta que todos os adultos nos repetiam sobre o que você quer ser quando crescer estava longe de ser algo do passado, ou mesmo a angustia de uma menina de 15 que tem o corpo de mulher e as responsabilidades de uma criança. Eu poderia facilmente ser a melhor amiga de uma daquelas menininhas saltitantes dos Those Dancing Days!
Muitas vezes ainda me pego pensando sobre esse assunto, mesmo quase um ano depois. Formada a menos de dois anos, morando com os pais, com dinheiro, mas ainda sem perspectivas de bancar um aluguel, quanto mais sonhar com a casa própria. Aliás a única coisa própria aqui é o meu nome. O blog talvez...e olhe lá!
Crise existencial, gritam alguns. Eu protesto!
Parece maior que uma crise pessoal. Parece um movimento comum. Uma certa ausência de comprometimento. As vezes ainda me sinto como uma criança de 7 anos que pode ser o que quiser. Eu não preciso me comprometer com nada, com ninguém. Eu posso ser quem e o que eu quiser em meio a essa massa de perdidos. Ninguém tem condições de me apontar o dedo, afinal apontar seria uma direção a ser seguida, lembrem-se estão todos imersos em suas próprias ânsias. Alguns dizem que a adolescência expandiu até os 30 anos. Acho que afirmar isso é um pouco de mais. Mas é estranho presenciar “crises existências” em massa ao meu redor. Eu não estou sozinha, mas eu juro que nesse caso, me traria mais esperanças se eu estivesse.
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